A epilepsia em cães é uma condição neurológica comum, caracterizada por crises recorrentes que podem afetar a saúde e qualidade de vida do animal. Este distúrbio pode ocorrer em qualquer raça, idade ou sexo, e o tratamento adequado é essencial para controlar a doença. A seguir, vamos explorar as principais informações sobre a epilepsia canina, suas causas, sintomas, formas de tratamento, prevenção e muito mais.

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O que é a Epilepsia Canina?

A epilepsia em cães é uma doença que afeta o sistema nervoso central, resultando em crises convulsivas. Essas crises podem ser leves ou graves, com sintomas que variam dependendo da intensidade da condição. A epilepsia pode ser classificada em dois tipos principais: epilepsia idiopática e epilepsia secundária.

1. Epilepsia Idiopática: É a forma mais comum, geralmente genética e sem uma causa aparente. Esse tipo é mais prevalente em raças como o Pastor Alemão, Poodle e Beagle.

  2. Epilepsia Secundária: Resulta de uma condição subjacente, como tumor cerebral, lesão na cabeça ou infecção do sistema nervoso central.

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 Causas da Epilepsia Canina

As causas da epilepsia em cães podem variar. Algumas são hereditárias, enquanto outras podem ser adquiridas devido a uma série de fatores:

– Genética: Em algumas raças, como Pastor Alemão, Collie e Labrador, a epilepsia é hereditária e pode ser transmitida aos filhotes.

– Lesões Traumáticas: Acidentes ou traumas que afetem a cabeça do animal podem danificar o cérebro e causar epilepsia.

– Infecções: Infecções no cérebro ou no sistema nervoso central, como meningite ou encefalite, podem desencadear convulsões.

-Tumores Cerebrais: O crescimento de tumores no cérebro pode pressionar áreas do sistema nervoso central, gerando crises.

– Intoxicações: Substâncias tóxicas ou medicamentos podem ser responsáveis por crises epilépticas em cães.

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Epilepsia Hereditária em Cães

A epilepsia idiopática (aquela sem uma causa clara identificável, geralmente de origem genética) tem sido observada em algumas raças, e isso ocorre devido a mutações em genes específicos que afetam o funcionamento normal do sistema nervoso central. Quando há uma predisposição genética, a epilepsia pode ser transmitida de geração para geração dentro da raça.

Aqui estão algumas razões pelas quais a epilepsia é mais comum em algumas raças:

  1. Predisposição Genética: Em raças como Poodle, Pastor Alemão e Beagle, a epilepsia idiopática é muitas vezes ligada a uma falha genética que torna esses cães mais suscetíveis a ter convulsões. Em alguns casos, essa predisposição foi documentada por estudos genéticos, indicando que determinados genes envolvidos no controle elétrico do cérebro podem ser responsáveis pelo desenvolvimento da doença.
  2. Mutações Genéticas Específicas: A epilepsia genética geralmente ocorre devido a uma mutação em genes que afetam a comunicação entre os neurônios. O cérebro de cães com essa condição pode apresentar uma atividade elétrica anormal, o que resulta nas crises epilépticas. Raças como o Poodle e o Pastor Alemão têm sido associadas a mutações genéticas específicas que predispõem os animais a convulsões.
  3. Inbreeding (Endogamia): Em algumas raças, especialmente aquelas que foram criadas com um número limitado de reprodutores, o problema da endogamia pode intensificar a chance de doenças genéticas se manifestarem. Isso ocorre quando cães com características genéticas semelhantes são cruzados, o que pode aumentar a probabilidade de herdar genes defeituosos que causam a epilepsia.
  4. Fatores Ambientais e Estresse: Embora a predisposição genética seja a principal causa da epilepsia nessas raças, fatores ambientais e estresse excessivo também podem desencadear crises. No entanto, mesmo em ambientes controlados, cães com uma predisposição genética ainda têm maior chance de desenvolver a doença.
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Raças Afetadas pela Epilepsia Hereditária

A epilepsia hereditária nessas raças ocorre devido a uma combinação de fatores genéticos que tornam o sistema nervoso mais vulnerável a crises. Embora a condição não tenha cura, é possível tratá-la e controlar as crises com medicamentos, dieta balanceada e cuidados adequados. O mais importante é que tutores de cães dessas raças estejam cientes da predisposição genética e busquem diagnóstico e tratamento adequado caso o animal apresente sintomas de epilepsia.

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Sintomas da Epilepsia em Cães

Os sintomas da epilepsia canina são caracterizados por convulsões, mas os sinais podem variar dependendo da gravidade e do tipo da crise. Alguns sinais incluem:

-Crises Convulsivas: Espasmos musculares involuntários, quedas repentinas e movimentos descontrolados das patas.

– Perda de Consciência: O cão pode perder a consciência durante uma crise, ficando caído e imóvel.

-Comportamento Anormal Antes ou Após a Crise: Alguns cães mostram sinais de ansiedade, agitação ou desorientação antes ou depois da crise.

– Babeiro Excessivo e Salivação: Durante as convulsões, o cão pode apresentar salivação excessiva.

– Perda de Urina ou Fezes: A crise pode levar à perda de controle da bexiga ou intestinos.

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Como Proceder Durante uma Crise Epiléptica?

Se o seu cão sofrer uma crise convulsiva, é importante manter a calma e tomar algumas precauções para garantir a segurança dele:

– Não tente segurá-lo: Durante uma crise, o cão pode se mover de forma descontrolada. Tentar segurá-lo pode machucar você ou o animal.

– Afaste objetos perigosos: Se possível, afaste o cão de móveis, escadas ou qualquer coisa que possa causar ferimentos.

– Observe a duração da crise: Anote o tempo em que a crise começou e terminou. Se a crise durar mais de 5 minutos, procure ajuda veterinária imediatamente.

– Mantenha distância da boca do cão: Não tente colocar a mão na boca do animal, pois ele pode morder acidentalmente.

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Sequelas e Prevenção

Embora a epilepsia em cães não tenha cura, a condição pode ser controlada com o tratamento adequado. As sequelas variam conforme a intensidade das crises e o tempo de evolução da doença. O cão pode apresentar:

-Danos Neurológicos: Se as crises forem frequentes e não controladas, pode haver danos permanentes ao cérebro do animal.

– Problemas Cognitivos: Alguns cães podem apresentar sinais de desorientação ou alterações comportamentais a longo prazo.

Para prevenir crises e melhorar a qualidade de vida do animal, é essencial seguir as orientações do veterinário, como:

– Uso de medicamentos anticonvulsivantes: Medicamentos como fenobarbital e brometo de potássio são usados para controlar as crises.

– Alimentação balanceada: Oferecer uma alimentação rica em nutrientes pode ajudar no bem-estar geral e auxiliar no controle das crises.

– Controle de estresse Evitar situações de estresse excessivo pode ser uma medida importante para prevenir crises.

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Tratamento da Epilepsia em Cães

O tratamento da epilepsia canina depende do tipo e da frequência das crises. O objetivo principal é reduzir a frequência das convulsões e melhorar a qualidade de vida do animal. O tratamento pode incluir:

– Medicamentos Anticonvulsivantes: Como mencionado, medicamentos como fenobarbital são comumente prescritos.

– Monitoramento Regular: O veterinário pode solicitar exames de sangue para monitorar os efeitos dos medicamentos e ajustar a dosagem quando necessário.

– Tratamento da causa subjacente: Se a epilepsia for secundária a uma outra condição, como tumor ou infecção, o tratamento da causa primária será fundamental.

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A Epilepsia Canina é Transmissível para Humanos?

Não, a epilepsia em cães não é uma doença transmissível para humanos. A condição é exclusiva dos cães e não pode ser transmitida de um animal para uma pessoa ou de um cão para outro.

Eutanásia: Deve Ser Considerada?

A decisão de eutanásia em cães com **epilepsia** deve ser tomada com base na gravidade e na qualidade de vida do animal. Se as crises forem frequentes e não controláveis, com danos permanentes ao cérebro e sofrimento significativo, a eutanásia pode ser uma opção para evitar sofrimento.

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 Conclusão

A epilepsia em cães é uma condição que exige atenção e cuidados veterinários adequados. Com o tratamento certo, muitos cães podem levar uma vida relativamente normal e saudável. Se o seu cão apresentar sintomas de crises convulsivas, é essencial procurar o diagnóstico de um veterinário especializado e seguir as orientações para o melhor tratamento.

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